Dia 21 de março celebrou-se o Dia Mundial da Poesia, Dia Mundial da Árvore e, mais importante para mim, o Dia Mundial da Síndrome de Down.
Trabalho feito pelo André no CAA
É sempre um dia marcante para mim, pois relembra-me o quão forte e vencedor o André foi, e continua a ser, para conseguir superar as suas dificuldades. Foi neste dia que, após 11 dias de internamento, teve alta do hospital e veio finalmente para casa, depois de nascer no dia 10 março.
Terça-feira, foi ainda mais especial pois pude apresentar, na escola dele, para a turma e Unidade, o meu livro “O irmão de Sofia”, que relata a história de uma família, em que o irmão mais novo nasce com Trissomia 21. Todas as dificuldades e adaptações que são necessárias e o que nós, enquanto seres individuais, e enquanto sociedade, podemos fazer.
Foi maravilhoso pois pude tirar também uma fotografia com a equipa de artistas da CERCISA, que fizeram as ilustrações.
O lançamento do livro será este sábado, dia 25 às 17h30, no auditório José Queluz, em Corroios, ao lado da Junta de Freguesia de Corroios, que apoia este projeto.
Obrigada e que aquilo que nos diferencia nunca nos diminua.
Terapeutas do Diferenças – Centro de Desenvolvimento Infantil
O lume alto aquecia o chão da panela Azeite quente começava a ganhar vida O borbulhar aumentava o volume A dança estava prestes a começar
O milho deitado Ansioso aguardava Bem comportado Sentia o calor a envolvê-lo Em breve, juntos Iam cometer loucuras Um tiro na tampa anunciava o começo Depois outro Outro E mais outro … A rajada ganhava forma Enchia o espaço Que encolhia e cedia o lugar A olência envolvia o tempo Volume que se derramava Assim que a tampa se ia As letras saltavam Doidas para o papel Soltas atropelavam-se Caíam aos trambolhões Sem pedir licença queimavam Quem lhes tocasse encolhia-se Sem tempo marcado Fervilhavam de vida Energia que Como por magia Se convertia Em noites de poesia
Deixo-vos com o cartaz oficial do lançamento do meu novo livro “O irmão de Sofia”.
É um livro infantojuvenil que aborda o tema da inclusão e da Síndrome de Down. Relata a história de uma família em que a menina, filha única, queria muito ter uma irmã ou um irmão, mas, quando esse desejo se concretiza, a realidade não é como ela imaginara.
“temos direito de ser iguais quando a diferença nos inferioriza e por outro lado temos direito a ser diferentes quando a igualdade nos descaracteriza”
O meu coração transborda de alegria, emoção e gratidão. O meu novo livro está pronto e ficou maravilhoso, uma delícia.
Foram muitos meses de trabalho, de portas fechadas, mas, com persistência e amor, o sol brilhou!
Assim brilharam, também, os artistas da CERCISA que fizeram todas as ilustrações e a quem agradeço, de coração, terem aceite o desafio. Obrigada às queridas coordenadoras e facilitadoras do projeto: Ana Paula Montez, Rafaela Pesqueira, Cristina Reis e a presidente Maria da Graça Marques.
Agradeço, também, à Tipografia Lobão por todo o apoio, profissionalismo, paciência e carinho que fez deste trabalho uma obra de arte.
Grata à maravilhosa terapeuta Marcia Ferreira, do Diferenças – Centro de Desenvolvimento Infantil, pelo seu contributo impagável e belíssimo texto.
Gratidão imensa à minha querida amiga Cláudia Monteiro, pela correção e revisão dos textos, com toda a amizade e carinho.
Obrigada pelo apoio: Junta de Freguesia de Corroios, Junta das Freguesias de Laranjeiro e Feijó, União das Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas e União de Freguesias de Charneca de Caparica e Sobreda.
Um agradecimento especial aos meus filhos lindos, que foram a inspiração principal por trás desta história, que é, essencialmente, para miúdos, mas também para graúdos.
Estão todos convidados para o lançamento do livro “O irmão de Sofia”, no próximo sábado, dia 25 de março, às 17h30, no Auditório José Queluz, em Corroios (ao lado da Junta de Freguesia).
Hoje em dia, os bebés têm dia e hora marcada para nascer. Como quem marca umas férias.
Vamos ter um bebé na data que mais convém aos pais, ao médico, à clínica… É quase isto. Não se quer esperar, nem sofrer as dores de um parto. Faz-se um corte e, produto de uma sociedade moderna, sai um bebé pela barriga, em vez de sair pela abertura feita para tal. Não condeno, mas, mais uma vez, caímos no extremo.
Antigamente, uma mulher podia estar horas e até dias em trabalho de parto, o bebé não ter dado a volta, a mãe não fazer a dilatação e nada de cesariana. Era ver até onde aguentavam – a mãe e o bebé. Fruto desta situação, algumas crianças ficaram com paralisia cerebral e uma situação enferma para o resto da vida.
Agora, está tudo bem, são todos saudáveis mas marca-se a cesariana. Porque a mãe não faz a dilatação? Porque o bebé está sentado? Existe um problema de saúde? Não, só porque é mais cómodo, confortável, rápido. E porque se pode pagar. Mas está assim tão generalizado? As estatísticas dizem o seguinte:
“De resto, “nos hospitais de natureza privada e social, a taxa média de parto cirúrgico (cesariana) foi de 82%, variando entre 43% e 100%, com três hospitais a apresentarem uma taxa de partos cirúrgicos (cesariana) de 100%”, confirma a ERS.
“Os hospitais privados efetuaram 14,4 mil partos (17,1% do total de partos), sendo que 12 mil (83,6%) implicaram a realização de cesariana ou o recurso a instrumentos de apoio como fórceps e ventosas (partos distócicos)”, informou o INE.
Em recente entrevista ao jornal “Expresso” (edição de 6 de janeiro de 2023), o diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Fernando Araújo, afirmou que “há blocos de parto privados que fazem 40 a 50 partos por ano, eventualmente um parto por semana e com taxas de cesariana de 100%. Eu tenho dúvidas se são blocos de partos ou se são blocos cirúrgicos, que é bem diferente”.
Quais as vantagens de um parto vaginal?
Internamento mais curto
Recuperação mais rápida
Maior ligação (“bonding”) entre mãe e filho
Menor morbilidade materna e fetal
Menores custos hospitalares
Menores riscos nas gravidezes e partos subsequentes Quais os riscos maternos? Apesar da mortalidade materna atribuída à cesariana ser praticamente nula, é três a sete vezes superior à dos partos por via vaginal. A causa mais frequente de mortalidade materna, associada à cesariana, é a trombose venosa profunda e a embolia pulmonar. (…) As infeções são as sequelas pós-operatórias mais frequentes, sobretudo nas grávidas obesas ou com diabetes.
Riscos neonatais
Para o bebé, existe maior risco de dificuldade respiratória, sobretudo se a cesariana eletiva for feita antes das 39 semanas. 0,4% dos recém nascidos podem sofrer lacerações (feridas) acidentalmente durante a técnica cirúrgica. -CUF
Merecem Todo o respeito Todo o amor Todo o cuidado Todo o carinho Todo o valor Toda a admiração Toda a entrega Toda a lealdade Toda a proteção Hoje e todos os dias Hoje e sempre Em publico e em privado Merecem flores Hoje e sempre Beijos e chocolates Hoje e sempre Abraços e palavras bonitas Hoje e sempre Acima de tudo precisam Ser reconhecidas pela sua Grandeza Beleza Maternidade Paciência E valor inestimável
Não as fazer chorar Não lhes bater Não abusar Não tirar proveito da força Não as rebaixar Não as acusar Não as violar Não as amachucar Não as fazer sofrer Não as prender Não as castrar Não as escravizar
São as mulheres que dão a vida Que carregam os filhos na barriga Que sofrem alterações hormonais todos os meses Que alimentam e cuidam Que transformam uma casa num lar Que convertem alimentos num prato saboroso Roupa suja em limpa Cama fria numa quente Dão conforto A mão O ombro O corpo
Afinal o que seria do mundo sem as mulheres?
Amo amar-te E nesta conexão desenfreada Amo-me também Recebo o calor que circula entre os nossos corpos Abandonados deste mundo Entregues a si mesmos Dançando com a melodia da nossa paixão Aquela que nos assoberba a alma e aquece o corpo Que acelera corações Ao ritmo de um comboio atrasado Amo amar-te E assim sentir-te em mim Assim, sentir-me em ti Amo Amas
À venda na Fnac, Bertrand, Wook, Cordel d’Prata, Amazon e algumas livrarias do país.
Deixo-vos com um pequeno excerto do meu livro 777. É um tema que gosto particularmente. Colocarmo-nos no lugar dos outros torna-nos mais empáticos e gratos.
O Marchand Abdul Mukhtar disse a Juliete:
“—Ter mais estudos, mais dinheiro ou mais poder não faz de mim um ser especial e muito menos superior a qualquer outro ser humano. As oportunidades que eu tive e que me foram dadas é que possibilitaram isso. O José, por exemplo, se não tivesse nascido numa família pobre no México, não tivesse sido vendido pelos pais em pequeno e não tivesse crescido e sido explorado num cartel de droga com data marcada para morrer, poderia ser como eu. Se eu tivesse nascido naquela família, poderia ser como ele. Ou seja, nós somos condicionados pelas circunstâncias da vida, mas não é isso que nos faz ser melhores ou piores. O que pode diferenciar-nos de outro ser humano, para melhor ou para pior, tem a ver com o tipo de ações, conduta, padrões, valores e moral que demonstramos ao próximo. O amor, a humildade, a bondade, a generosidade — isso sim, pode diferenciar-nos de outros para melhor. Acharmo-nos superiores está ligado ao orgulho e o orgulho é mau. É um dos sete pecados capitais que a Bíblia, ou Deus, condena.”