
Nascemos sem pedir, berramos a bem ou a mal e rapidamente nos retiram do colo de quem mais precisamos. Não parece ser um bom começo de vida. No entanto, vamos crescendo e queremos ser mais velhos para viver mais – ser adulto. A meio do percurso começamos a querer fazer anos em sentido inverso e quanto mais perto do fim chegamos mais parece que passou tudo a correr. Foi um instante.
Queremos e fazemos tudo ao nosso alcance para prolongar a nossa estadia. Não queremos que a viagem termine; apesar de todas as contrariedades, decepções, frustrações, injustiças, perdas, doenças e quedas vividas, queremos mais. Queremos também continuar a sentir as alegrias, as conquistas, os afectos, as realizações, os prazeres, os sonhos e o amor que a vida nos proporciona. Assim sendo, surgem-me algumas perguntas: se só temos uma vida, que nos foi oferecida, o que fazemos com ela? Estamos a aproveitar bem o tempo presente? Ninguém sabe quando parte, quando se vai; não trazemos prazo de validade. Como tal, parece-me bastante sábio e lógico vivermos o melhor que pudermos. Por exemplo, se trabalhamos mais de metade das nossas vidas, faz sentido fazermos algo que não gostamos? Ter uma profissão que não mexe connosco? Que não nos dá pica? Que não nos faz brilhar os olhos? Para mim, não faz sentido. Temos de ter prazer a viver e isso inclui fazer aquilo que gostamos na maior parte dos anos que por cá andarmos.
E ficar casado ou numa relação, toda uma vida, com alguém que já se deixou de amar? Faz sentido? Para quem? Porquê? Pelo dinheiro? Pelas aparências? Pelos filhos, muitos dirão. Mas se fossem os filhos a estarem casados com alguém que não os faz felizes, nós aprovaríamos? O mesmo se passa ao contrário. Porque quem ama quer ver o outro feliz. E os filhos querem, acima de tudo, pais felizes, mental e emocionalmente saudáveis.
Lembrem-se: só nos é dada uma vida. Cabe a cada um de nós fazer o melhor com ela; ou seja, ser feliz!
Uma excelente reflexão, mas que oferecer respostas, planta no nosso íntimo a dúvida, a inquietação… Esse desassossego que nos leva a questionar, e a nossa vida que fazemos com ela?
Parabéns… Acho que devias apostar mais no blog.
GostarGostar