Tremo

Não sabia que raio de energia era aquela que emanava dele e que a paralisava. Logo ela que não tinha quaisquer problemas em comunicar, pelo contrário. Na presença dele ficava muda. Pior, o pouco que lhe saía era melhor que ficasse retido. Sentia os joelhos frouxos, o sangue ora a abandonava e sentia-se prestes a desmaiar, ora afluía de tal maneira que parecia estar dentro de um caldeirão.

Não percebia porque é que queria tanto estar com ele e fantasiava beijos de cinema, quando ele a fazia sentir-se doente e às portas da morte. Ele mal reparava nela. Às vezes, ficava grata pois não queria que ele percebesse o estado lastimável em que ela ficava; noutras, apetecia-lhe mesmo cair-lhe aos pés para ver se ele reparava e a agarrava. Podia ser que lhe tirasse os óculos, enquanto lhe limpava o suor frio do rosto, e lhe desse umas palmadinhas ou até um beijo para a acordar, qual bela adormecida. Entretanto… sonhava e suspirava.

Publicado por Sara Carvalho

Chamo-me Sara Carvalho. Sou mãe de três filhos lindos. São a minha grande paixão e inspiração para tentar ser cada dia melhor. Curiosa de raíz, apaixonada pela vida, pela natureza, por música, dança, letras e não só. Adoro artes: ler e escrever - sobre os mistérios da vida, as emoções humanas, Deus, fantasia, suspense, espiritualidade, poesia; musicais; cinema; espetáculos; concertos; teatro; bailado; exposições; fotografia; viajar e ... sonhar com um futuro melhor. Também sou instrutora de Pilates, desde 2006. Um sonho que se transformou num objetivo? Escrever um livro. Consegui! 777 é o seu título. É uma obra de fantasia com muita realidade à mistura. Também gosto de números e enigmas.

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