Não sabia que raio de energia era aquela que emanava dele e que a paralisava. Logo ela que não tinha quaisquer problemas em comunicar, pelo contrário. Na presença dele ficava muda. Pior, o pouco que lhe saía era melhor que ficasse retido. Sentia os joelhos frouxos, o sangue ora a abandonava e sentia-se prestes a desmaiar, ora afluía de tal maneira que parecia estar dentro de um caldeirão.
Não percebia porque é que queria tanto estar com ele e fantasiava beijos de cinema, quando ele a fazia sentir-se doente e às portas da morte. Ele mal reparava nela. Às vezes, ficava grata pois não queria que ele percebesse o estado lastimável em que ela ficava; noutras, apetecia-lhe mesmo cair-lhe aos pés para ver se ele reparava e a agarrava. Podia ser que lhe tirasse os óculos, enquanto lhe limpava o suor frio do rosto, e lhe desse umas palmadinhas ou até um beijo para a acordar, qual bela adormecida. Entretanto… sonhava e suspirava.
