Tenho saudades de jogar à apanhada e, já agora, às escondidas, à macaca, ao elástico, ao lenço… andar de baloiço, de escorrega, saltar à corda…
Ontem, o meu filho, tocou-me e disse “estás tu”. Enquanto eu corria atrás dele, ele fugia rindo às gargalhadas. Que bem que soube.
Há poucos anos, numa festa de aniversário de um colega do meu filho do meio, pude dar asas à minha criança interior. O espaço era no meio da mata, com atividades ao ar livre como o arborismo, percursos pedestres, bancos e mesas em madeira para piqueniques, um salão para festas (com frigorífico e tudo), e uma enorme tenda de diversões insufláveis – um delírio. Ora, enquanto o puto estava na festa e brincadeira com os outros, eu e o mais novo, decidimos ir brincar também. A tenda, na altura, estava ainda vazia e claro que me deixaram andar com o menino (uma das poucas vantagens em se ter um filho “especial”).
Sapatos fora e lá fomos nós! A música rock, em alto som, invadia o espaço e dava-me ainda mais alento para os labirintos coloridos. Rastejava, saltava, dava cambalhotas, subia, descia, escorregava… Quando acabámos parecia que tínhamos saído do ginásio – a suar, mas felizes! Nem sabem o bem que me fez e a felicidade que o André teve por poder partilhar com a mãe aquelas diversões todas. Apesar, que não sei ainda quem se divertiu mais.
Devíamos poder fazer isso sempre. Restaurar as brincadeiras de infância, de vez em quando, e libertar essa energia tão boa e saudável.
