
Permita-se brindar consigo mesmo. Permita-se gostar de si, das batalhas ganhas, das marcas sofridas.
Aceitar o bom que somos e o mau que fazemos por transformar. Compreender que tudo tem o seu tempo. Sermos mais flexíveis connosco e não levar a vida tão a sério. Perdoar a nós e aos outros; amar a nós e aos outros; sonhar; acreditar e dançar ao som de uma boa música. Encher o copo e saborear. Deixar o palato apreciar a bebida de Baco e conduzir os pensamentos ao prazer da nossa singular companhia. Somos especiais, únicos. Não há ninguém igual no mundo.
Sigamos a estrada tentando desviar-nos dos buracos e abrandando nas lombas, sem deixar de apreciar a paisagem, e continuar rumo ao nosso destino. Se furarmos um pneu ou tivermos uma avaria que nos obrigue a parar, não nos irritemos, é passageiro. Deixemos toda a bagagem extra para trás; tudo que não nos permita seguir leves. Aumentemos o som do rádio e cantemos a plenos pulmões libertando qualquer energia escura que nos aperte o peito. Libertar. Deixar ir. Não nos demoremos com o que não nos eleva.
Ser pacientes. Por vezes, a estrada sinuosa e os atalhos em que nos perdemos são necessários. São aprendizagens, ensinamentos que nos tornam mais sábios à medida que os ultrapassamos graciosamente. Entendamos que alguém que conhecemos e demos boleia ficou pelo caminho, não seguindo connosco, era porque tinha o seu próprio percurso a fazer, diferente do nosso. E está tudo bem. Novos companheiros de viagem iremos encontrar. Uns irão abandonar-nos, outros irão acompanhar-nos. A vida encarrega-se de decidir isso por nós, por isso não forcemos nada. Não é preciso. Basta confiar. Sentir. Acreditar. O Universo cuida daqueles que nele confiam e dá-lhes o necessário.
Encontra a alegria e a motivação do teu coração, segue-as. Persiste até encontrar. E brinda! Brinda à vida, brinda a ti!