Este dia visa promover uma maior compreensão e sensibilização para uma condição a que, no fundo, qualquer um de nós pode estar sujeito. Ninguém está livre de ter um acidente, uma lesão cerebral ou um filho com alguma deficiência.
Será isto um drama? Não devia.
Todos nós somos diferentes, temos limitações e não devíamos ser menosprezados ou ignorados por causa dessas diferenças. Se fôssemos todos iguais e perfeitos não tinha graça nenhuma. Aliás, um dos grandes problemas da humanidade é buscar a perfeição e esconder as imperfeições, inatas a todos os seres humanos. Assumir os nossos erros, falhas e defeitos é buscar sermos mais felizes. Buscar a perfeição é desilusão e frustração garantidas. Não existe; é um mito da sociedade.

Tenho um filho com Síndrome de Down e orgulho-me muito de o ter. É lindo, esperto e o miúdo mais doce do mundo. Tem algumas limitações? Tem. Existiram e existirão fases mais duras e complicadas? Claro que sim. Mas com todos os outros filhos “perfeitos” também. E, como todos os outros, tem qualidades e defeitos. O que tem a menos numas coisas, compensa a mais noutras; nomeadamente – amor, carinho e um coração puro.
Quantas crianças nascem, aparentemente sem qualquer problema, e na adolescência descobre-se uma doença do foro mental? Quantos adultos supostamente sãos tornam-se deprimidos, alcoólicos, drogados ou dependentes de medicação?
Assim sendo, pergunto: não será este dia um dia de todos nós?
Trabalho em educação especial e sim, o dia é de todos nós, tal como a educação especial, diferenciada, devia ser para todos.
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