Topless. Sim ou não?

Topless. Sim ou não?

Um dia destes, numa pequena praia solarenga, cheia de turistas, um jovem casal ia à água e, de regresso, ela atraía a atenção de toda a gente, nomeadamente do público masculino.
A rapariga, de tez clara, cabelo loiro, e corpo elegante, fazia topless. O peito era generoso e bonito.

A minha amiga comentou: “não sei como o namorado dela não se importa. Com o meu era impensável.”
Respondi-lhe que era com ele que ela ia para a toalha, namorava e voltava para casa. Os outros podiam olhar, mas não passava disso.

Mais importante que isto, é ela não se importar. E se ela está bem na pele dela, quem é o rapaz ou outro qualquer para a proibir de fazer o que quer?
Vivemos ainda com mentalidades muito arcaicas, pequenas e pouco evoluídas.
O homem (alguns) continua a achar-se dono da mulher e esta, ao seu lado, ‘deve-lhe obediência’.

Continua-se a achar que uma mulher bonita, sorridente e simpática é uma oferecida ou procura sexo. Uma mulher que tenha as mesmas atitudes de um homem padrão é considerada puta.

Esta situação fez-me lembrar outras, que presenciei.
Todos os homens possessivos, controladores e ciumentos que conheci, não tinham moral para exigir o quer que fosse. A mulher não podia ir ao café, não podia cumprimentar o vizinho, não podia vestir a roupa que lhe apetecia porque ele achava que era para provocar outros; ele podia falar com todas as amigas, ir para o café com os amigos, sair à noite até às tantas, ver pornografia, vestir o que lhe apetecesse e até trair a mulher.

Todos deveríamos ter liberdade para viver do modo como queremos, desde, claro, que isso não prejudique ninguém.
Se ambos decidirem ter ou não ter essa liberdade, é diferente. A mulher pode optar por apenas fazer topless, por exemplo, numa praia deserta ou colocar a parte de cima quando vai à água, se isso os deixa desconfortáveis.

Na minha opinião, deverá existir bom senso e respeito pela liberdade e bem-estar de ambos. Sem proibir, sem castrar.

Aprisionar uma alma só faz com que assim que a porta, ou a janela, se abra, ela voe para longe e não volte.

E vocês, o que acham?

Publicado por Sara Carvalho

Chamo-me Sara Carvalho. Sou mãe de três filhos lindos. São a minha grande paixão e inspiração para tentar ser cada dia melhor. Curiosa de raíz, apaixonada pela vida, pela natureza, por música, dança, letras e não só. Adoro artes: ler e escrever - sobre os mistérios da vida, as emoções humanas, Deus, fantasia, suspense, espiritualidade, poesia; musicais; cinema; espetáculos; concertos; teatro; bailado; exposições; fotografia; viajar e ... sonhar com um futuro melhor. Também sou instrutora de Pilates, desde 2006. Um sonho que se transformou num objetivo? Escrever um livro. Consegui! 777 é o seu título. É uma obra de fantasia com muita realidade à mistura. Também gosto de números e enigmas.

2 opiniões sobre “Topless. Sim ou não?

  1. Nossa, adorei. É realmente isso. Já vivi muito do que você escreveu e ainda assim sigo na esperança de que exista um amor tranquilo onde a liberdade e o bem-estar conjuntos sejam possíveis. Lindo texto.

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