
“Não me perguntes, porque nada sei”
Já deveria saber
Já devia ter aprendido
Com tantas lições que a vida me ensinou
Com tantos amores
Vividos, chorados e esquecidos
Com a proximidade
E simultânea distância da morte
De Deus, do azar e da sorte
“Vivo, amo, acredito sem crer”
Que para tudo há um propósito
Que nada é por acaso
Que juntos somos apenas um
Que o reflexo do outro sou eu
“E morro, antecipadamente ressuscitando”
Deixando de contrariar
Imiscuindo-me de lutar
Refreando-me de contrapor
Assentindo que sim
Seja feita a vossa vontade
Para, inesperadamente
Sem qualquer aviso
Me insurgir e com toda a vida em mim arrebatar quem tenta mostrar a escuridão
“O resto são palavras…”
[Inspirado no Desafio 7 – Alma de poeta, alma inquietA
Mote:
“Não me perguntes, porque nada sei
Da vida,
Nem do amor,
Nem de Deus,
Nem da morte.
Vivo,
Amo,
Acredito sem crer,
E morro, antecipadamente
Ressuscitando.
O resto são palavras…”. -Miguel Torga]