
Há sempre um motivo, ou vários, para sermos como somos.
Remonta à infância, aos primeiros anos de vida, que não nos lembramos, e a todos os anos passados até ao momento presente.
É como uma montanha de areia em criação.
Aquela areia molhada que vamos deixando cair por entre os dedos, à beira-mar, enquanto o tempo também se escorre pelas mãos. Tudo que vai caindo vai aumentando aquela construção. Umas vezes mais torta, outras mais direita. Algumas vezes, achamos que está quase terminada, vem uma onda e desfaz tudo. Temos de recomeçar.
Somos feitos de instantes, memórias, legados e da educação que nos passaram.
De alegrias e traumas. De situações felizes e de lágrimas. De acidentes e férias de verão. De doces e salgados. De quartos escuros e feiras populares. De grandes amores e desilusões.
Somos o que somos.
Será que conseguimos mudar o presente apenas com determinação ou teríamos de voltar atrás e desconstruir o passado? Aquele só nosso, único, e que nos dá as características singulares que fazem de nós o que hoje somos.
Erramos muitas vezes. Umas temos noção, noutras não. Apenas se nos disserem, se nos explicarem, que aquela palavra ou comportamento feriu. E aquilo que é errado para um, pode não ser para outro.
Somos um trabalho em permanente evolução.
Quando começamos a conhecermo-nos melhor e a conseguir agir com mais sabedoria estamos a caminhar para o fim. É quando a obra está prestes a terminar que se torna valiosa e, normalmente é postumamente que lhe é dada o merecido valor. Até lá, nunca se sabe…
Estás a fazer e a viver o teu melhor?