
Sabem aquelas pessoas que falam sem parar e saltam de um assunto para outro, e para outro, e para outro, mesmo sem qualquer ligação entre eles?
É, mais ou menos, o que vou tentar fazer.
Não escrevi nada sobre o 25 de abril porque nem sempre me apraz falar sobre todas as datas comemorativas; não foi o caso, apenas não me apeteceu agarrar no telemóvel.
Liberdade é isto: é poder dizer o que se quer e não dizer nada se assim quisermos; é escrever, é cantar, é , dançar e nisso a Mimicat rebentou com a escala. Há anos que não ouvia uma canção tão fantástica, que fica no ouvido e nos faz cantar a plenos pulmões. Pelo menos, os meus. Andei a ouvir essa música em loop durante umas semanas, desde que ganhou o Festival. Espero que vença a Eurovisão. Gostos são gostos, mas não vejo nenhuma semelhança entre esta, totalmente festivaleira e alegre, com uma batida forte, e a do Salvador Sobral. Enfim… gostos não se discutem e liberdade é isto, também.
Foi como no Dia do Livro. Andei bastante ocupada e, despistada como sou com todas as datas, só ao fim do dia é que me apercebi dessa celebração. Não que não seja importante, é muito. Há pessoas que sabem as datas dos nascimentos, das mortes, dos casamentos, dos marcos que lhe são importantes… admiro-as. Sou o oposto. Sei as datas de nascimento dos meus filhos e, mesmo assim, tenho de pensar bem porque às vezes troco-as.
E vocês gostam do vermelho da Mimicat? Faz lembrar os cravos de abril. Felizmente veio a revolução, felizmente a PIDE acabou, felizmente posso escrever o que me apetece!
Ai coração…
O doutor diz que não há nada a fazer
‘Caso perdido’, vi-o eu a escrever
Ando perdida numa outra dimensão
Toda eu sou uma grande confusão