Conforto ou traição?

Ontem, estive à conversa com um senhor africano, e muçulmano, que se estava a gabar de ter tido uma namorada no dia anterior, outra hoje, outra amanhã… e a mulher em casa, em África.Ele afirma que vai ficando com uma ou com outra, conforme pode, afinal tem de aproveitar a vida. Disse que trabalha muito,Continue a ler “Conforto ou traição?”

Reflexão

Gosto de gente que gosta de ajudar outros sem esperar receber nada em troca.Felizmente, conheço algumas.Infelizmente, apercebo-me que estas pessoas são raras e estão em vias de extinção. Continuo a desiludir-me com aqueles que se aproximam e prometem dizer, fazer e acontecer, mesmo sem que lhes peça nada, mas depois não cumprem.Provavelmente, porque a suaContinue a ler “Reflexão”

Microconto – Parte II

O olhar pousou petrificado no dele, a respiração susteve-se e o coração parou de bater para arrancar, em seguida, como um cavalo veloz. Deixei de ouvir a música, de ver as luzes, fiquei sem chão. Felizmente, estava sentada e encostada ao balcão. Senti que também lhe causei uma sensação forte, mas sem certeza de qual.Continue a ler “Microconto – Parte II”

Talvez

Talvez me tenham faltado as palavrasTalvez se tivesse dito alguma coisa…Achei que o meu olhar diria tudo Não chegouEsperei o retornoComo quem espera chuva em meses de seca Desejei ter feito algoDevia ter-me certificadoque nada mais havia a fazerAchei que tudo que tínhamos vivido chegaria para regressares Talvez se tivesse dito a palavra certaAinda fossesContinue a ler “Talvez”

Valores à parte

“Algumas pesquisas apontam que apenas três por cento das mulheres se veem como sendo belas.Há mais de cinquenta milhões de pessoas no mundo a morrer à fome, vítimas de anorexia nervosa, sendo que a maioria é constituída por mulheres jovens. Têm só pele e osso, embora tenham comida na mesa. Vivemos escravizados por um sistemaContinue a ler “Valores à parte”

À espera

Não vou dormir esta noiteO meu coração está quase paradoA minha alma vaziaOs meus olhos já secaramMas a nossa música não para de tocarOiço-a vezes e vezes sem contaNa minha menteNo espaço que era nossoNo vazio que ecoa no meu íntimoArrancaste-me as entranhasDeixaste-me desocupadoUm lugar ermoDeserto sem águaVivo sem viverRespiro sem respirar Aguardo um milagreContinue a ler “À espera”

Se um desconhecido lhe oferecer flores, isso é…

Não me recordo de ter gostado tanto de receber uma flor, de um desconhecido, como hoje. Enquanto caminhava no parque, à minha frente, ia uma avó e um menino que deduzi ser o neto.Ele tinha acabado de arrancar algumas flores e oferecido-lhe.Entretanto, apercebeu-se de que alguém se aproximava, virou-se para trás, encolheu-se e deixou espaçoContinue a ler “Se um desconhecido lhe oferecer flores, isso é…”

O irmão de Sofia

O meu coração transborda de alegria, emoção e gratidão.O meu novo livro está pronto e ficou maravilhoso, uma delícia. Foram muitos meses de trabalho, de portas fechadas, mas, com persistência e amor, o sol brilhou! Assim brilharam, também, os artistas da CERCISA que fizeram todas as ilustrações e a quem agradeço, de coração, terem aceiteContinue a ler “O irmão de Sofia”