
O cheiro a café abraçava o espaço e fazia-a despertar com um sorriso. Espreguiçava-se sentindo aquele aroma caseiro que tanto adorava. Precisava daquele líquido como se de um vício se tratasse. A mãe sabia e fazia questão de lhe preparar o néctar com todo o amor. Isso tornava-o diferente dos outros. Aqueles grãos eram iguais mas o caráter era único. Assim que o líquido a beijava nos lábios e o perfume invadia ainda mais o olfato, o mundo parava. Aquele momento era ouro negro reluzente. O prazer invadia-lhe o palato e descia como um riacho que segue o seu percurso sem enganos. O impacto final culminava em total conforto. Era como um sofá acolhedor que nos envolve e protege, cheio de almofadas quentinhas e fofas. Sorria de novo e agradecia, aconchegando mais a chávena nas mãos.
🙂
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