Tenho 47 anos e ainda hoje não consigo entender como é que a felicidade dos outros incomoda e é motivo de inveja, calúnias e boatos para tanta gente.
Eu, quando vejo uma fotografia de alguém feliz seja porque tem um novo amor, seja porque realizou um sonho, seja porque foi mãe, pai, avó, ganhou o Totoloto ou simplesmente porque sim, fico feliz também. Mesmo que essa pessoa nem seja minha amiga, quanto mais se fôr.
Muitos preferem ver as desgraças, sofrimentos e problemas alheios para poderem dizer “coitada/o”, remexerem nas feridas dos outros e dar palpites dos fados alheios – isso é que é bom! Elogiar, ficar contente e desejar que a felicidade de outrem seja duradoura já custa, mexe com as entranhas. Porquê? Porque é que as pessoas ficam irritadas com o bem que acontece aos outros? Chego a uma única conclusão: não são felizes e preferem ver os outros também infelizes para não se sentirem tão sós. Só assim se justifica tanto ódio espalhado pelas redes sociais a atrizes, cantores, apresentadores, escritores, etc., e que ainda se vendam revistas cor de rosa!
Pessoas que têm uma vida plena, ocupada e que não se interessam pela vida dos outros, em especial pelas desgraças, estão noutro patamar.
Quanto mais velha fico, mais percebo que menos amigos tenho, mas já lá diz o ditado: “mais vale só do que mal acompanhado.”
