
Uma senhora vai na rua carregada com sacos de compras. Um deles rebenta-se e as coisas espalham-se pelo chão. O que farias?
a) Via mas fingia não reparar e seguia a minha vida, afinal não é nada comigo, nem problema meu;
b) Baixava-me de imediato e começava a apanhar as coisas;
c) Perguntava se ela precisava de ajuda e agia em conformidade com a resposta.
Conhecendo-me como sou, optava pela opção b); quando dava por mim já estava agachada a reunir os itens. Parece-me óbvio que a pessoa precisa de ajuda, nem faz sentido perguntar. Até porque, por vergonha ou timidez, o normal seria dizer “não obrigada, não é preciso.”
No entanto, existem também algumas opções diferentes para as pessoas cujo saco se rompeu:
a) Espero que ninguém note, nem ninguém se aproxime, que vergonha;
b) Era bom ter uma ajuda para não ficar aqui de rabo para o ar tanto tempo;
c) Não me digam nada que eu já estou cheia de nervos.
Infelizmente, se alguém que escolhe, na primeira abordagem, a hipótese b) mas apanha uma pessoa da opção a) ou c) ainda vai ficar no final com a sensação de que foi mal agradecida e diz para si própria: “Para a próxima não me meto, ainda ficou enjoada comigo. Que culpa tive eu?”
Isto acontece noutras situações da vida, nem sempre com estranhos. Por vezes, tentamos ajudar um familiar, um amigo, mas aquela pessoa não pediu nada e, apesar de desabafar connosco os seus problemas, não quer os nossos conselhos. São por vezes mal interpretados. Às vezes, essa pessoa só quer que lhe digam que “vai ficar tudo bem, hás-de apanhar as compras todas sozinha e chegar a casa, mesmo com o saco roto.” Dar-lhe uma palmadinha nas costas e ir embora.
Nem sempre há estômago para isto quando a natureza é querer ajudar.
E tu, como és?
Sem dúvida a opção b) e o resto que se lixe… E jamais preciso de um obrigado, eu faço, não pela senhora mas por mim…
GostarLiked by 1 person
Nem mais! Obrigada, amigo, por leres e comentares🙏🏼🌻
GostarLiked by 1 person